terça-feira, 25 de agosto de 2009

Aprendendo aos poucos...


Postando hoje uma das pequenas reflexões que escrevi este ano.

Tenho 22 anos. Não dá pra saber tudo sobre a vida com essa idade. Porque eu acho que ainda não vivi nem a metade. Não sei!
Presto atenção nas poucas experiências que tive, para que me sirvam de lição. As dolorosas são as que mais ensinam, mas também não posso esquecer das boas.
Talvez a que mais em ensinou, foi a experiência do perdão. É fato que todo mundo um dia vai te machucar, e que você tbm vai machucar alguém. Logo, se não existisse o perdão, viveríamos em guerra constante com o mundo e com nós mesmos. Não cultive raiva, as pessoas mudam e as promessas sempre são quebradas. Aprenda a ser humilde.
Lute. Se vc desiste de lutar pelo que quer, sua vida acaba perdendo o sentido. Sonhe alto, sem medo. Mas não se compare a outras pessoas, e sim com o melhor que vc pode ser.
Não se sinta culpado por não ter feito as coisas diferentes do que fez. Se o tempo voltasse, vc faria do mesmo jeito, pois geralmente era a única forma que vc podia ter feito no momento. Ninguém é vitima nem culpado.
Dor ou tristeza? Não há quem nunca tenha sentido. Porque, de uma forma ou de outra, sempre perdemos alguém que a gente ama. O sofrimento não é “opcional” como dizem. Ele é inevitável e às vezes intenso! Mas ele passa... pode até voltar a latejar em dias chuvosos, mas depois da chuva, vem o sol novamente.
Não é feio nem vergonhoso chorar, é apenas uma forma de expressar o que sentimos.
Amizade. Talvez, na Terra, seja a palavra mais importante. Ninguém pode viver sozinho, é necessário dividir as as alegrias e as tristezas.
Ainda tenho muito a aprender sobre a felicidade, mas posso falar o que sei sobre a alegria. Sei que ela não está em limusines, nas festas caríssimas ou em ternos Armani. Mas sim nas pequenas coisas, como estar com que a gente gosta, olhar o pôr-do-sol, se entupir do chocolate preferido, ficar horas a fio com os amigos, brincar com os cachorros, ganhar uma flor roubada ou deitar no chão e ficar horas olhando para o céu, esperando ver uma estrela cadente.
Quanto ao amor, é algo tão grande, tão amplo e desconhecido, que eu prefiro nem falar muito sobre isso. Talvez apenas lembrar que com a mesma letra que se inicia a palavra “Amor”, também se inicia a palavra “Adeus” e que não tem remédio pra isso, a não ser o tempo. Mas posso falar sobre paixão, que é aquilo que sentimos sempre que fazemos algo que gostamos.
Sobre a morte, a única coisa que sei é que ela vai chegar, não posso dizer quando nem onde. Deveríamos nos preocupar com ela, de modo a nunca deixar para depois o telefonema que devemos dar agora.
Olhe nos olhos das pessoas, antes de olhar para as roupas que elas vestem. Assim vc vai saber muito mais sobre ela, e vai evitar enganos com falsas aparências. E aceite as pessoas como elas são, saiba que muitas vezes nem desconfiamos dos traumas e dores que cada uma carrega na alma, e acabamos julgando-as equivocadamente.
Não me preocupo tanto como antes. Geralmente quando uma porta se fecha, outra abre, e viver é um eterno aprendizado. Além disso, parafraseando Luis Fernando Veríssimo, devemos desconfiar do destino, e acreditar mais em nós!
E o tempo não pára!!!

“...e depois de todas as tempestades e naufrágios o que fica de mim e em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro...”

domingo, 9 de agosto de 2009

Peixes... o último!


Vou falar hoje sobre o quanto eu ODEIO ser do signo de peixes.
ODEIO ser peixes. E tenho bons motivos pra isso. Você, pisciano ou não, vai acabar concordando comigo.
Piscianos vivem nadando, geralmente para baixo, quanto mais fundo, melhor. É quase um ser abissal. É um signo que costuma se sacrificar pelos outros, e na maioria das vezes, se fode.
Piscianos tem tendência a depressão. Se não bastasse isso, ainda damos uma forcinha para a situação. Se estamos tristes, a tendência é se trancar no quarto e ficar ouvindo as músicas mais depressivas do "playlist". E chorar. Como pisciano chora! E sofre! E gosta de sofrer.
Talvez por isso piscianos muitas vezes se tornam poetas ou artistas.
Temos muitos amigos sim. Mas nossos melhores amigos as vezes são aqueles comprimidinhos que só compramos com receita médica. Ou então aquelas coisas geladas que encontramos nos bares da vida (Não é o meu caso, nem bebo!). Ah claro, o chocolate também (Aí sim!).
Peixes é o signo do povo da noite, do que eu denomino "lado B", daquilo que destrói. E se autodestrói. Se ele sabe que lá pode ter algo pra te machucar, é lá que ele vai (mas eu to mudando isso em mim). Fora uma "quedinha" que temos pelo pessimismo. Só para constar, Schopenhauer era pisciano!
E somos sensíveis. Choramos por tudo: pelas crianças que não foram adotadas, pelos idosos que estão no asilo, pela morte do cachorro da prima da sua vizinha, pelo final do filme que não foi feliz. Adoramos chorar.
E como somos bobos. Fazemos o trabalho dos outros pra ajudar, e nos sacrificamos, e mudamos até de país se for para o bem da humanidade, e tomamos na cabeça, e não aprendemos.
E sofremos também com o problema alheio, e tomamos dores, e esquecemos da vida própria, e nos ferramos de novo, porque daí esquecemos de pagar as contas, de dar comida ao cachorro, de estudar para a prova da faculdade...
E vivemos no mundo da lua. Odeio essa mania de ficar imaginando histórias de amor, príncipes que nunca vão chegar, lugares que só vou conhecer se ganhar na mega sena, e de ficar se colocando no lugar da atriz do filme que sempre tem um final feliz. E depois chorar litros quando cair na real.
E até tentamos ser otimistas e aplicar na vida real a frase "A felicidade está dentro de nós". Tentamos sim. E quando estamos quase conseguindo sempre vem algo pra estragar todo o sacrifício: morre o peixe de estimação, somos deserdados, perdemos o emprego, ou levamos um pé na bunda do namorado, ou descobre que é corno, ou vê no Jornal Nacional que milhões de crianças estão morrendo de fome na Somália. Assim não há coração que aguente!
E também não sabemos dizer não. E não sabemos brigar de verdade, e logo estamos conversando com quem nos mandou tomar no "naquele lugar" um minuto atrás. E depois reclamamos que somos vítimas da situação, da vida, do contador, do patrão e até do filho que ainda não nasceu. Geralmente somos vítimas mesmo.
Tá vendo porque odeio ser pisciana? Agora estou aqui, ouvindo Kate Perry. Isso, bem aquela música que diz: "Thinking of you". E comendo chocolate. Pensando no que fazer da vida...
A única vatagem de ser peixes é que, segundo astrólogos, estamos na nossa última encarnação.

Hasta la vista, mundo cruel!