sábado, 6 de setembro de 2014

Tudo mais bonito


Hoje não é um dia “especial”. Não é o dia em que completamos um ano de namoro, nem o seu aniversário. Mas me deu vontade de dizer um pouco do que eu penso, do que eu sinto quando estou com você, mesmo assumindo o risco de ser piegas e cair na breguice.

Eu adoro o jeito que você me abraça. E o jeito que deita no meu colo só pra eu mexer no seu cabelo. E também adoro quando você mexe no meu mesmo sabendo que eu vou implicar com isso depois. Eu adoro a sua preocupação. Quando você pede pra eu mandar uma mensagem cada dia que chego em casa do trabalho, e insiste, mesmo sabendo que alguns dias eu vou estar cansada e deixar isso pra depois.

Eu adoro as nossas diferenças. Nossos mundos desalinhados acabam se tornando engraçados – e até bonitos. Eu adoro o seu carinho quando eu acordo de um pesadelo, chorando, porque você sempre faz ficar tudo bem na hora em que segura a minha mão. Eu adoro o seu jeito de dizer que me ama mesmo quando uso pijamas e pantufas de porquinho cor de rosa.

Eu adoro o seu jeito estabanado de ser. E quando tenta fazer de tudo pra me agradar. E sempre agrada. E o jeito com que fala “relaxa”, mesmo depois de eu quebrar todos os copos de vidro da sua casa. Eu adoro o jeito como você sorri e acha graça da minha falta de jeito.

Eu adoro quando você fica procurando filmes de terror só porque sabe que eu gosto. E mesmo não sendo o seu tipo favorito, você vê até o fim do meu lado e finge que gosta, que é só pra me deixar feliz. Mas eu também adoro fazer nada com você num domingo à tarde.

Sabe, eu amo você porque você me vê além de qualquer aparência. Porque sustenta o meu mundo quando olha nos meus olhos. Porque faz eu me apaixonar por você todos os dias e cada dia mais. Você é muito mais do que qualquer príncipe encantado que a Disney me fez acreditar quando eu era criança – e que já tinha desacreditado quando cresci.

No fim, este texto é pouco pra falar sobre você e sobre o que eu sinto, porque tudo fica mais bonito quando você está por perto. Mesmo que eu não seja muito boa me expressando com palavras, eu espero que eu possa expressar com meu amor.

A verdade é que todo dia ao seu lado é especial. 
Amo você.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Quem eu guardo comigo


Esses dias uma amiga me disse: “É louco isso, pensar que todas as pessoas que conhecemos um dia vão embora e não lembraremos ou ouviremos mais falar delas. Vão cair no esquecimento como a gente...”.

Acho um engano. Nesses 27 anos conheci muita gente, gente que ainda guardo comigo. E não é apego. Já não tenho notícias da maioria delas, mas não significa que eu não me lembre de cada uma.

Carrego comigo lembranças de cada amizade que tive nos meus primeiros anos de vida. Alguns eram vizinhos, outros da pré-escola. Consigo me lembrar de nomes e sobrenomes.

Lembro-me dos meus amigos da adolescência, dos nossos ídolos, das músicas da época, de algumas conversas e sonhos, e até das praças que faziam a nossa diversão. Também de quem organizava as festas e de quem aparecia com filmes e pipoca na minha casa.

Guardo comigo os meus amores, sim, todos eles. Os que duraram semanas e aqueles que duraram anos. Me lembro de seus rostos, dos velhos planos e das histórias - belas ou nem tanto - que vivi com cada um.

Pode até ser que não nos falemos mais e eu já não saiba por onde andam, o que fazem, com quem estão e se hoje são mais felizes do que eram comigo, mas eu me lembro dos detalhes que importam – pelo menos para mim. E se essas pessoas se lembram do que fui para elas, não me importa, é outra história. Porque cada um dá o sentido que acha que vale.

Penso que “louco” é deixar as pessoas passarem pela nossa vida sem guardar nada, nem uma lembrança, nem um bilhete amarelado no meio de um livro. Porque, ficando na nossa vida ou não, são essas pessoas que formam a nossa história, capítulo por capítulo. 

E a nossa história sempre vale a pena.