
Tenho refletido sobre escolhas. Desde pequenos somos expostos a inúmeras opções, das quais precisamos escolher uma. Apenas uma. E confesso: decisão nunca foi meu ponto forte. E tenho a impressão de que cada fase da vida complica mais. Aliás, convicção.
Tenho saudade de quando o mais difícil era escolher entre o leite com Nescau e o leite com Quick. Quando a dúvida persistia por horas, acabava misturando os dois e até que ficava bom. Depois, escolher entre jogar bola ou andar de bicicleta. Às vezes, ainda era possível intercalar. Por fim, já na escola, tinha que escolher entre sentar com a Juliana ou com a Érica. Era demasiadamente difícil para mim, já que a professora nunca deixava sentar em trio.
E assim sucessivamente: escolher entre as aulas de inglês e as de natação, entre ir ao cinema ou à lanchonete, entre o Leonardo e o Rodrigo, entre fazer um curso técnico ou cursinho. Como foi ficando complicado!
Tive que escolher amizades, atitudes, escolher entre rock e pagode, entre certo ou errado, entre ler ou escrever, escolher entre cabelo loiro ou vermelho (tentei as duas cores de uma vez, mas não deu muito certo), escolher em que – ou em quem – acreditar, escolher entre sonho e realidade. Sim, um dia eu escolhi o sonho, mas a vida insistiu em me jogar com força pra realidade. Descobri, então, que algumas escolhas não dependem exclusivamente de nós.
Cresci, e tive que escolher uma profissão, uma faculdade. Ok, foram algumas tentativas: magistério, desenho industrial, enfermagem. Enfim, me formei em publicidade. E não sei se era isso mesmo. Aliás, era sim. Mas quero mais do que isso. Escolher a cidade. Ah, essa decisão ainda está com o processo em andamento. Na verdade pretendo não demorar mais que um ano para a sentença final. Final, mas nunca irreversível.
Escolher caminhos, pessoas, carreira. Escolher o que realmente queremos para nossa vida. Escolher entre o amor e o trabalho, a distância e o conforto, meu lar e o mundo. Pergunto: por que escolher é tão difícil? Talvez porque toda escolha traz consigo uma perda. Não dá para abraçar o mundo, muito menos saber o que é realmente certo. Eu, mesmo colocando todas as características de cada escolha em uma balança, dificilmente chego à alguma conclusão.
É tentativa e erro. É preciso escolher um caminho e se jogar nele de corpo, alma, vísceras e coração. Se decidir voltar atrás, desde que isso seja possível, não vejo como sinal de fracasso. Fracasso é insistir em uma escolha errada. E errado, é não escolher SER FELIZ.
Tenho saudade de quando o mais difícil era escolher entre o leite com Nescau e o leite com Quick. Quando a dúvida persistia por horas, acabava misturando os dois e até que ficava bom. Depois, escolher entre jogar bola ou andar de bicicleta. Às vezes, ainda era possível intercalar. Por fim, já na escola, tinha que escolher entre sentar com a Juliana ou com a Érica. Era demasiadamente difícil para mim, já que a professora nunca deixava sentar em trio.
E assim sucessivamente: escolher entre as aulas de inglês e as de natação, entre ir ao cinema ou à lanchonete, entre o Leonardo e o Rodrigo, entre fazer um curso técnico ou cursinho. Como foi ficando complicado!
Tive que escolher amizades, atitudes, escolher entre rock e pagode, entre certo ou errado, entre ler ou escrever, escolher entre cabelo loiro ou vermelho (tentei as duas cores de uma vez, mas não deu muito certo), escolher em que – ou em quem – acreditar, escolher entre sonho e realidade. Sim, um dia eu escolhi o sonho, mas a vida insistiu em me jogar com força pra realidade. Descobri, então, que algumas escolhas não dependem exclusivamente de nós.
Cresci, e tive que escolher uma profissão, uma faculdade. Ok, foram algumas tentativas: magistério, desenho industrial, enfermagem. Enfim, me formei em publicidade. E não sei se era isso mesmo. Aliás, era sim. Mas quero mais do que isso. Escolher a cidade. Ah, essa decisão ainda está com o processo em andamento. Na verdade pretendo não demorar mais que um ano para a sentença final. Final, mas nunca irreversível.
Escolher caminhos, pessoas, carreira. Escolher o que realmente queremos para nossa vida. Escolher entre o amor e o trabalho, a distância e o conforto, meu lar e o mundo. Pergunto: por que escolher é tão difícil? Talvez porque toda escolha traz consigo uma perda. Não dá para abraçar o mundo, muito menos saber o que é realmente certo. Eu, mesmo colocando todas as características de cada escolha em uma balança, dificilmente chego à alguma conclusão.
É tentativa e erro. É preciso escolher um caminho e se jogar nele de corpo, alma, vísceras e coração. Se decidir voltar atrás, desde que isso seja possível, não vejo como sinal de fracasso. Fracasso é insistir em uma escolha errada. E errado, é não escolher SER FELIZ.