domingo, 16 de maio de 2010

Andy Warhol


Tamanha foi minha frustração quando fui à Pinacoteca prestigiar a exposição de Andy Warhol e não pude fotografar. Emoção ímpar poder ver de perto obras que antes só conhecia por meio dos livros.
Nas paredes da Estação Pinacoteca, diversas frases do precursor da Pop Art, Andy Warhol, que tanto contribuiu com a Publicidade (vocês certamente já viram as reproduções das latas de sopas Campbell e a garrafa de Coca-Cola, criadas por ele). Frases que não encontrei na internet, por mais que “revirasse” todos os sites e blogs que mencionavam o pintor e cineasta estadunidense.
Pois bem, sem fotos, sem frases e não satisfeita, aproveitei o ensejo da Virada Cultural e retornei ao local, justamente para anotá-las pacientemente e poder compartilhar aqui, no meu blog. Eis as que mais me chamaram a atenção:

“A fonte dos problemas das pessoas são suas fantasias. Se você não tivesse fantasias, você não teria problemas, porque você aceitaria qualquer coisa que estivesse na sua frente. Mas aí você não teria romance, porque romance é encontrar sua fantasia em pessoas que não são sua fantasia.”

“O sexo é uma ilusão. O mais excitante é não fazê-lo.”

“Quando pessoas e civilizações se tornam degeneradas e materialistas, elas sempre apontam para sua beleza externa e suas riquezas, e dizem que se o que elas estavam fazendo fosse errado, elas não estariam tão bem, tão ricas e tão bonitas. As pessoas na Bíblia, por exemplo, fizeram exatamente isso quando adoraram o bezerro de ouro, e os gregos também, quando adoraram o corpo humano. Mas beleza e riquezas não têm nada a ver com quão bom você é, é só pensar em todas as beldades que tiveram câncer. E muitos assassinos são bonitos, então isso resolve a questão.”

“A arte Pop pegou o que estava fora e colocou para dentro, pegou o que estava dentro e colocou para fora.”

“Eu preferia permanecer um mistério. Eu não gosto de contar a minha história, e, de qualquer maneira, eu invento uma diferente cada vez que me pedem para contá-la... De qualquer modo, eu não acho que tenho uma imagem, favorável ou desfavorável.”

“Eu acho que todos deveriam ser máquinas. Eu acho que todos deveriam ser como todos.”

A exposição permanece na Pinacoteca, Estação da Luz, até o próximo dia 27. Quem tiver oportunidade, vale a pena conferir!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Rotina não, redação.


Chego de manhã, ligo o computador da agência, e lá está ele, piscando para mim. Sim, aquele traço na página do Word, dizendo incessantemente: escreva, escreva! É o desafio do “papel” em branco de todo dia, de cada novo trabalho, de cada nova ideia que precisa sair da cabeça e ganhar forma por meio de um amontoado de letras.

Você, publicitário, redator, ou mesmo sendo o cara da direção de arte,sabe do que estou falando. Criar. Utilizar a cabeça para outra coisa sem ser para sustentar uma cabeleira vermelha ou sei lá de que cor. Pensar, pensar e... Pensar!

O redator publicitário não pode gostar de rotina. Porque cada dia tem algo novo para fazer, um novo cliente, um novo trabalho, completamente diferente do anterior. Em um mesmo dia, pode ser solicitado a criar um anúncio para uma maternidade e outro para uma funerária. Por isso ele é meio louco, porque precisa sentir um pouco de cada coisa, num só dia, de uma vez.

Além disso, vale lembrar das vezes que ele precisa anunciar um puta produto com apenas uma palavra ou propalar objetos dos quais nem o Google ouviu falar. Ok, exagerei. O Google sabe tudo, embora nem sempre tenha todas as explicações que precisamos. Não é moleza.

Enfrentamos também o problema do “cara da arte”, que sempre tesoura nosso texto para criar um layout “maneiro”. Cada um com o seu problema. Aliás, problema mesmo é criar um título fodástico, digno de uma W/McCann, e não ser aprovado por nosso querido cliente. Queremos morrer. Matar. E nossa ira aumenta quando ele começa a palpitar e transformar nossa “obra de arte” em dejeto sólido não-reciclável. A gente até chora.

Mas, como todo “job” tem suas compensações, a nossa é ouvir de alguém que entende do assunto: seu texto ficou “ducaralho”. E então, junto com a arte, pensamos em expor ele no nosso blog pessoal, porque conhecemos muito bem a imprevisibilidade de cada dia. Sabemos que amanhã esse mesmo cara pode dizer: "ficou uma merda". E a gente tem que aceitar.