terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Relações...


Entre os maiores percalços na história de nossas vidas, está a arte de dizer “adeus”.
Reaprender a viver sem alguém pode ser tão doloroso quanto sair do calor do útero da nossa mãe para enfrentar esse mundão de meu Deus. E enxergar tudo pela primeira vez, de novo.

A gente não pede para nascer, tampouco para que um determinado cidadão entre na nossa vida, invada nosso coração e instale-se feito um parasita... Sem nem pedir licença. Mas a gente nasce, cresce, e um belo dia esse alguém aparece, apossando-se dos nossos pensamentos – e da nossa vida.

Uns ficam pouco tempo e, ao sair, o estrago que causam é ínfimo. Outros, ficam muito e até criam raízes, e aí fica mais difícil arrancá-los sem que fique um indício de dor. E há aqueles que ficam pouco, mas de forma tão intensa que quando partem deixam uma fenda, um vazio na mente, na alma, no coração.

Há alguns que ficam, mas que são tão diferentes de nós que vão causando feridas dolorosas e várias rasuras no livro da nossa vida. E então, cabe a nós decidirmos se as feridas valem a pena ou se o vazio deixado compensa um pouco do sofrimento.

De escolhas certas e erradas é que são tecidas as nossas relações. Com um pouco de amadurecimento a gente aprende a acertar mais. Ou aprende a se aceitar mais. Entende que se foi bom, deve ser guardado na memória. E se foi ruim, é experiência.

Compreende que uns vêm e outros vão, como tudo na vida. E aprende a conviver com uns. E a sobreviver sem outros...

12 comentários:

Nikolas disse...

Hoje eu acho que já sou suspeito pra elogiar seu blog, a forma que vc expressa com palavras os mais diversos sentimentos pois vc sabe o quanto eu adoro uma nova postagem por aqui né! Talvez uma coisa que um possa dizer é: Muito bem lembrado! Por que dizer isso? É que muitas vezes a gente esquece que a vida flui desta forma como vc tão bem citou. Parabéns pelo post! E valeu pelo momento de reflexão que vc proporcionou... Adoro momentos assim! Beijo grande meu anjo... T+

edubernard disse...

E não importa em que fase da vida você esteja... ao ler textos desse gênero vc pensa e repensa atitudes tomadas ou não naquela época em que aquele alguém sumiu no mundo e ficou em você.Se pergunta se repetiria a dose ou se faria diferente. Afinal, "onde eu errei?". Um colega disse esses dias: "o homem cafajeste de hoje, é o homem desiludido de ontem". Que a gente consiga aprender a lidar com isso, pois as partes marcantes das nossas vidas estão nas relações que fazemos com os outros. Belo texto. Bjos!

Anônimo disse...

Oi Ka! Adorei esse texto. Infelizmente não escolhemos de quem iremos gostar... se tivessemos esse poder escolheriamos gostar de quem gosta da gente... e é como você mesma disse, que tiremos de experiencia o que vivermos, independente de como foi. Se foi bom, usemos as mesmas coisas para acertar e se foi ruim que usemos isso para não fazermos a coisa "errada" mais uma vez.

Beijos flor

Wesley Souza disse...

Poxa Karina..
Gostei muito do texto.. chega a doer no peito. (não sei se isso é bom.. rs)

Cada vez que eu leio um texto seu, eu me reconheço, como se finalmente tudo aquilo que eu sentia fosse passado com primazia para o "papel".

Parabéns por ser vc..

KAtheRyNA disse...

Sei lá, Wesley. Mas quase nunca gosto de ser eu. rsrs

Rodrigo Santos disse...

Realmente, aprender a viver longe de alguém que esteve presente de forma intensa é cruel! Sempre tem quem fale que é mais importante levantar depois do tombo do que não cair, e é verdade também. Mas quando estamos passando pelo momento, é difícil às vezes até para pensar em levantar. O redemoinho de ideias, o amargo remédio do tempo, tudo parece que vai nos aniquilar. E nessas horas, não podemos perder de vista quem nós somos, qual o nosso Caminho individual, por mais difícil que seja. Lembrar dos amigos queridos, das pessoas que sempre estão aí para nos ajudar, nosso porto seguro nesses momentos... tudo isso torna o inferno das paixões mais suportável, até que possamos sair dele renovados. É algo ruim de atravessar, mas quando não temos outra escolha, que haja força suficiente para suportar tudo isso! =)
Confirmo o que o pessoal já falou, são belas reflexões mesmo, mais profundas ainda quando vividas! Beijos! =*****

Elizabeth ~ disse...

Lindo texto, linda reflexão tb me indentifiquei muito, e imagino que não há quem nunca passou por essas, relacionamentos, relações só servem pra complicar, o laço entre as pessoas que são momentaneos e tantas outras coisas.... enfim, adorei escreva sempre, como diz... bjus

Thaís Machado disse...

Menina, coloque as tags para twitter e fb aqui!
Bjo!

Unknown disse...

pois é, seu post me fez pensar sobre a fugacidade da vida e das relaçoes... tudo é tão efêmero, passageiro... as pessoas a quem amamos nao estarão conosco pra sempre...
por isso, acho que o que o mundo mais precisa é intensidade...

sempre bom passar por aqui...
abraço!

Carol Bortolo disse...

A verdade é que toda vez que vc deixa alguém entrar, vai doer pra sair.

KAtheRyNA disse...

Carol... falou tudo!

KARAM VALDO disse...

li uma frase num texto do Paulo Coelho interessante para o seu tema:

“Se amas alguém, deixa-o em liberdade. Se ele voltar, foi porque precisou. Se ele não voltar, foi porque precisou”. - http://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2008/06/page/3/