domingo, 6 de abril de 2008


Poema Transitório


(...) é preciso partir

é preciso chegar

é preciso partir

é preciso chegar... Ah, como esta vida é urgente!


... no entanto

eu gostava mesmo era de partir...

e - até hoje - quando acaso embarco

para alguma parte

acomodo-me no meu lugar

fecho os olhos e sonho:

viajar, viajar

mas para parte nenhuma...

viajar indefinidamente...

como uma nave espacial perdida entre as estrelas.



É tão triste partir quando queremos ficar, e como é triste ficar quando se quer partir... seria bom mesmo se nada fosse preciso, nem partir, nem ficar... e que não houvesse urgencia e que a distancia nada roubasse da gente por essas longas estradas da vida...
Seria bom se a cada embarque não houvessem "adeus", mesmo que breves, que não houvesse a dor nem a saudade...
Mas, mesmo sentindo a dor do adeus, ao menos ainda tenho o Lú pra sonhar, pra ansiosamente esperar, e não tenho vergonha de chorar de saudade qdo ela aperta... vou novamente contar os dias pra vê-lo voltar (ou pra eu ir...)
E rodoviárias são lugares tristes qdo as pessoas partem... mas nem sempre é assim, porque algumas pessoas também chegam, enquanto outras pessoas simplesmente viajam indefinidamente...

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