sábado, 12 de abril de 2008

Quando eu me amar de verdade...

Tem dias que a gente acorda com um imenso vazio por dentro... (não, não é fome) E não é nostalgia também... vc se sente como se alguém estivesse tirando algo de vc, ou estivesse ocupando o seu lugar... vc simplesmente sente, daí é foda, pq vc tambem sente que não pode fazer nada pra mudar isso... (não, também não é ciúme).
É bem tipo o filme “My life without me”, qdo alguem começa a viver a vida que deveria ser sua, a diferença é que eu estou bem viva, e até o atual momento não descobri nenhum tumor em mim... (e espero nem descobrir).
Você tem até várias opções pra fazer durante o dia, como por exemplo, participar de uma coletiva com o cantor Daniel (é, eu to trabalhando na imprensa da FACIP...) ou ainda dar umas voltas no recinto da grande festa da cidade, sim, eu poderia ir nem que fosse só pra comer churros... mas vc não tem vontade, pq daí vc chega lá, sente vontade de chorar e quer vir embora na mesma hora... é a sensação de vazio, de solidão no meio de um monte de gente. Mas nem todas as pessoas pensam assim... e eu realmente queria pensar como elas.
Eu já percebi que não posso apagar o passado de ninguém, e mesmo que as vezes me incomode um pouco, isso já não me assusta mais, pq eu sei que posso fazer de tudo para que guardem no mais íntimo, não a ponto de esquecer, mas a ponto de não querer mais lembrar... O que assusta agora é o futuro, sempre imprevisível, que pode cair ao vão ou mudar de direção... deve ser resultado daquela sensação de vazio e perda, ou apenas medo mesmo, por não ter o controle de certas coisas e não poder fazer nada... Aliás, do que é que a gente tem controle nessa vida? nem das coisas que realmente são nossas, mesmo meu pota-retrato aqui do lado pode cair e se quebrar em centenas de pedacinhos de vidro...
É, talvez eu tenha mesmo tudo o que preciso, talvez só falte um pouco de amor-próprio ou auto-confiança...


“Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.E então, pude relaxar.Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.Hoje sei que isso é...Autenticidade.Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.Hoje chamo isso de... Amadurecimento.Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.Hoje sei que o nome disso é... Respeito.Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.Hoje sei que se chama... Amor-próprio.Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.Hoje sei que isso é... Simplicidade.Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.Hoje descobri a... Humildade.Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.Tudo isso é... Saber viver!!!”
Charles Chaplin

É tudo o que eu preciso... mas um dia eu aprendo.